O setor de bares e restaurantes foi um dos mais afetados pela pandemia. Isto resultou em dívidas, demissões de colaboradores e falências para milhares de pessoas. Um transtorno para um segmento que gera importantes postos de trabalho, empregos formais, impostos, renda e inclusão socioeconômica no DF.
Pensando em mitigar os efeitos da pandemia e garantir o crescimento do setor, na última segunda-feira (31/05), foi lançada uma frente parlamentar com o objetivo de reunir deputados distritais da Câmara Legislativa (CLDF) para atuarem em defesa dos bares e restaurantes do Distrito Federal. O evento ocorreu no Stadt Bar & Music, localizado no Setor de Indústrias Gráficas (SIG).
Até agora, pelo menos 10 parlamentares integram a Frente Parlamentar em Defesa do Setor de Alimentação Fora do Lar, mas o movimento pode ganhar novas adesões nos próximos dias.
“Com a frente parlamentar, desenvolveremos políticas públicas importantes para o setor e estaremos mais próximos das demandas desses comerciantes e trabalhadores, desenvolvendo iniciativas importantes para mitigar os efeitos da pandemia e retomar nossa economia rumo ao crescimento”, afirmou a deputada Júlia Lucy, presidente da frente.
Além de Júlia, integram a frente parlamentar os deputados Iolando Almeida (PSC), Reginaldo Veras (PDT), Leandro Grass (Rede), Valdelino Barcelos (PP), Rodrigo Delmasso (Republicanos), Roosevelt Vilela (PSB), Reginaldo Sardinha (Avante), Cláudio Abrantes (PDT) e o presidente da Câmara Legislativa, Rafael Prudente (MDB).
Para o presidente do Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Brasília (Sindhobar-DF), Jael Antônio da Silva, a frente parlamentar tem muita relevância, em vista que há uma grande quantidade de leis aprovadas pelos distritais que impactam diretamente o orçamento dos estabelecimentos.
“Fizemos um levantamento que indica pelo menos 82 projetos de lei tramitando na Câmara Legislativa e que nos atingem diretamente. Para se ter ideia, há propostas de todos os tipos, como criação de indicativos de alimentos com glúten, custeio do recolhimento do lixo orgânico, descarte de garrafas. Tem até uma lei aprovada que precisamos informar a utilização de micro-ondas para quem usa o marca-passo”, disse.
“É bom lembrar que muitas propostas são importantes, mas grande parte direciona ao empresariado uma responsabilidade que não é exclusivamente dele. É por isso que precisamos ser ouvidos”, pontuou Jael.