Foi preso um jovem de 26 anos suspeito de estuprar uma moradora de Águas Claras. O caso ocorreu na noite de 19 de fevereiro de 2020. A vítima, uma jovem de 23 anos, havia informado à polícia, inicialmente, que foi abusada por quatro homens. Os exames periciais constataram o estupro, mas a unidade da PCDF ainda apura se outras pessoas participaram do crime.
Segundo o delegado-chefe da 21ª Delegacia de Polícia, do Pistão Sul, Luiz Alexandre Gratão, o homem trabalha como sushiman em um restaurante de Águas Claras. “Ele disse que usava a faca para o trabalho dele, então por isso andava com ela”, informou o investigador nesta segunda-feira, 9 de março de 2020.
Os policiais cumpriram o mandado de prisão temporária em frente a um condomínio situado em Águas Claras, na sexta feira, 6 de março de 2020.
Durante a ação, os agentes localizaram uma faca na mochila do suspeito. A arma branca pode ser a mesma usada para ameaçar a vítima.
Ele negou o crime. Segundo o delegado-chefe da 21ª DP, vítima e suspeito não se conheciam. “O caso foi tratado, desde o início, como prioridade para a delegacia”, destacou o investigador.
A jovem narrou na ocorrência aos policiais que passava na Rua 30 Sul quando foi atacada por quatro homens. Ela teria sido arrastada para uma região de eucaliptos e abusada sexualmente.
De acordo com a Polícia Civil, a mulher saiu da praça de skate, na Rua 37 Sul, e seguia para casa, por volta das 22h, quando foi abordada pelos criminosos.
A vítima contou ainda que, antes de ir de casa a pé para a praça de skate, saiu do Taguatinga Shopping, também caminhando, entre 19h e 20h. Ela acredita que tenha sido seguida pelos suspeitos após deixar o centro de compras. Entretanto, em outro depoimento, pontuou que “não percebeu a aproximação dos homens”. Da residência, resolveu encontrar uma amiga na praça da Rua 37 Sul. Teria sido abordada na rua atrás dos eucaliptos.
Na primeira versão, relatou que um dos quatro homens portava faca e outro, arma de fogo. Ressaltou ainda que os suspeitos eram brancos e que um usava barba e tinha cabelo preto. Os agressores teriam empurrado a denunciante para dentro da mata e a estuprado.
Conforme afirmou a vítima, após ela gritar, os homens correram em direção ao lado norte de Águas Claras. Em diligência no local, os policiais encontraram uma camiseta e encaminharam a peça para perícia. As vestes da jovem de 23 anos também foram levadas para análise.
Outros casos nessa área
No ano passado, a área de segurança registrou 666 casos de estupro no DF, 390 contra vulneráveis (59,5%). O número é menor do que o de 2018, quando foram investigados 725 abusos. Desses, 440 envolveram crianças e adolescentes.
Em toda capital federal, houve 45 estupros neste ano, segundo o último balanço da Secretaria de Segurança Pública. No mesmo período de 2019, foram 55 registros dessa natureza.
Lugar sem iluminação
O local onde teria ocorrido o estupro coletivo é mal iluminado. Os moradores e trabalhadores que passam por ali reclamam da falta de segurança, principalmente por causa da escuridão.
Em nota, a Companhia Energética de Brasília (CEB) afirmou que a área técnica de iluminação pública acionou equipes de manutenção para vistoriar e realizar reparos de possíveis pontos apagados no setor.
“Toda a Boulevard Sul possui iluminação pública, que foi projetada para atender as vias públicas locais e as calçadas, que ainda não haviam sido construídas na época da instalação dos postes, e a CEB está à inteira disposição dos demais órgãos para realizar um projeto específico para implantação de nova iluminação que atenda o interior dessa área arborizada, de forma a melhorar a segurança das pessoas que transitam na região”, destacou a nota da estatal.