A 5ª Delegacia da Polícia Civil do Distrito Federal deflagrou, na manhã de terça-feira (28), a operação “Falso Consórcio“, com o objetivo de executar 10 mandados de prisão temporária e seis mandados de busca e apreensão. Essas medidas foram emitidas contra membros de uma associação criminosa especializada na prática do crime de falso consórcio. A Operação foi realizada em Águas Claras, Taguatinga, Samambaia, Recanto das Emas, Águas Lindas/GO e Goiânia/GO.
De acordo com as informações dos investigadores, os criminosos operavam por meio de empresas fictícias, atraindo terceiros interessados em atuar como anunciantes de consórcios. O modus operandi envolvia diversas etapas:
- Os criminosos recrutavam pessoas interessadas em trabalhar como anunciantes de consórcios. Esses indivíduos recebiam roteiros e instruções para copiar anúncios de veículos ou imóveis de sites de compra e venda de outros estados, publicando-os em suas redes sociais com seus próprios números de telefone. A intenção era convencer potenciais compradores a comparecerem ao escritório para obter mais informações sobre a aquisição dos bens anunciados.
- Uma vez no escritório, as vítimas eram atendidas pelos anunciantes e encaminhadas para os gerentes, que ofereciam serviços de leasing ou consórcio para a aquisição dos bens anunciados. Os gerentes solicitavam dados pessoais das vítimas para cadastro e avaliação.
- Após alguns dias, as vítimas recebiam a informação da aprovação e retornavam à empresa para efetivar o contrato. Na assinatura, solicitavam o pagamento de uma entrada, prometendo a entrega do bem anunciado em breve.
- No entanto, ao término do prazo, o bem não era entregue, e as vítimas não conseguiam recuperar o valor pago nem entrar em contato com a empresa, o anunciante ou o gerente responsável pela falsa negociação.
A investigação conduzida pela 5ª DP apura nove casos de estelionato cometidos pelo grupo criminoso, ocorridos entre 22/07/2022 e 04/05/2023, resultando em um prejuízo total de R$ 59.840 para as nove vítimas identificadas.
Além desses casos, constam nos registros policiais outros 71 casos relacionados a essas empresas, os quais estão sendo investigados por diferentes unidades da PCDF e por polícias civis estaduais.
Os responsáveis estão sendo investigados pelos crimes de estelionato e associação criminosa. A pena para cada crime de estelionato varia de 1 a 5 anos de prisão, enquanto a pena por associação criminosa é de 1 a 3 anos de prisão. As buscas foram realizadas em diversas localidades, incluindo Taguatinga, Águas Claras, Samambaia, Recanto das Emas, Águas Lindas/GO e Goiânia/GO. O prazo para a prisão dos autores é de 5 dias, podendo ser prorrogado por igual período, e, se necessário, convertido em prisão preventiva.