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Ultimamente, tenho refletido muito sobre a minha relação com a espiritualidade. Sempre fui uma pessoa ávida por conhecimento, e, quando o assunto era espiritualidade, eu era a primeira a sair pesquisando tudo. Na ânsia por conhecer cada vez mais, eu entrava no mundo empírico e só saía quando via que aquilo já não fazia mais sentido para mim. Experimentei diversos tipos de terapias alternativas – não vou citar todas aqui – e acredito que elas possam fazer sentido para as pessoas. Mas, de uns tempos para cá, eu comecei a me sentir distante da Terra. Sim, distante do mundo material. Era como se eu já não quisesse mais vivenciar o que o mundo daqui consegue me oferecer.
Em busca de tantas explicações para o além, eu me pegava lembrando mais dos parentes e amigos que já tinham ido embora desta existência, e deixava os vivos um pouco de lado. Hoje, após uma reflexão mais profunda, tenho tentado viver mais leve, curtindo os momentos do aqui e do agora, mesmo que sejam extremamente materiais. Afinal de contas, se estamos aqui na Terra, é para desenvolvermos nosso lado terreno, certo?
Voltei a curtir coisas simples que há anos já não curtia, relaxei e percebi que muitos dos meus problemas vinham da mente, que estava cansada de tanto procurar informações em tudo quanto é canto. Hoje, não deixei de lado minha espiritualidade – sem ela não vivo – mas estou mais focada em um caminho do meio, onde eu possa experimentar coisas do mundo sem me sentir culpada e sem ficar preocupada o tempo inteiro. Parei um pouco de procurar explicações pro que ninguém nunca achou e passei a estudar mais as coisas da Terra, que podem muito nos ajudar. A ciência, por exemplo, é uma delas. Enfim, tudo com equilíbrio. A conclusão é: tem certas coisas que não precisam ser desvendadas – pelo menos não enquanto estivermos aqui. Certas coisas podem ficar do jeito que estão. É o famoso “não mexe com quem está quieto”.
