@natiribeiro95
tiktok: nati.ribeiro95
Vira e mexe, me dá uma vontade de mudar radicalmente… o cabelo, o modo de me vestir, o emprego estável, a casa, a maneira de falar, o que costumo comer… Mas aí vem logo meu racional e sussurra na minha mente: ei, e se você se arrepender? Nisso, acabo ficando nos mesmos lugares, vestindo as mesmas roupas e sendo exatamente previsível como devo ser. Isso porque eu, particularmente, sou uma pessoa que gosta de mudanças, e não tenho tanto medo de enfrentar novos desafios como outras pessoas por aí.
Então me peguei pensando hoje: e se eu fosse completamente tímida e não suportasse o mínimo de agito na minha vida? Se já sofro como sou, nem quero imaginar o que seria de mim completamente retraída. Tenho amigas bem fechadas e acomodadas, e sempre as ouço reclamar do quanto isso gera ansiedade a elas. Mas também penso o contrário: e se eu me jogasse como uma louca? Se aceitasse toda e qualquer oportunidade que me aparecesse? Também tenho amigas assim, e confesso que as vejo sofrer também, já que nunca param em relacionamentos, empregos ou cidades. Elas tentam criar laços afetivos, mas acabam sofrendo quando precisam se despedir.
Por isso, a conclusão que tirei da minha divagação foi: se algo me aperta muito a ponto de me sufocar, eu devo, sim, largá-lo e buscar algo novo. Mas se algo ainda me faz bem ou ainda tem algo a me ensinar, talvez eu deva racionalizar um pouco antes de abandoná-lo por completo. Quando se trata de fazer escolhas para mudar ou permanecer, nem sempre seguir o coração é fácil. A ânsia para viver algo muito bonito e leve aparece sempre nas mentes mais emotivas e impulsivas, mas a razão freia – e nem sempre é ruim ser freado. Por isso, não vejo como positivo ou negativo o fato de uma pessoa ser mais racional ou mais emotiva. Vejo como personalidades diferentes, que tentam levar a vida da melhor maneira possível e fazer as escolhas certas. Afinal de contas, entre o “e se” e o “que arrependimento!”, eu opto por nenhum. Na busca do equilíbrio, sei que, se eu conseguir juntar razão, emoção e o tempo perfeito, vou ser feliz nas minhas escolhas – sem arrependimentos e sem tristezas.
