Na última quinta-feira (4), a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) realizou uma operação para cumprir seis mandados de busca e apreensão contra seis jovens de classe média alta de Águas Claras e Vicente Pires.
Segundo a operação, os jovens, entre 19 e 22 anos, estão sendo investigados por formar uma gangue que compartilha imagens de pornografia infantil e faz racha nas ruas da cidade. Pelo menos um deles repassou um total de 28 arquivos com fotos e vídeos de crianças e adolescentes em cenas de sexo.
Ainda de acordo com as investigações, o bando consumia um medicamento ansiolítico misturado com bebidas alcoólicas e fazia rachas nas vias da capital do país.
Os investigadores identificaram os integrantes da quadrilha durante operação deflagrada em junho deste ano, a fim de apurar um acidente de trânsito ocorrido em 13 de maio de 2021, no qual um Audi, com o motorista e dois passageiros, invadiu uma serralheria situada na Rua 10 de Vicente Pires. Um dos suspeitos fugiu do local para evitar a prisão em flagrante pelo crime de embriaguez ao volante.
O que já foi apurado
No decorrer das investigações foram cumpridos mandados de busca e apreensão nas residências do dono do automóvel e dos passageiros.
Durante a análise do material apreendido foram encontrados diversos arquivos demonstrando que os jovens, além de terem ingerido bebidas alcóolicas antes do acidente, fizeram uso do medicamento Alprazolam e participaram de um racha na via EPTG momentos antes de se acidentarem em Vicente Pires.
Dois dos jovens que integram o grupo também foram alvos da operação Bad Boyfriend, deflagrada em 22 de setembro deste ano, por supostamente terem recebido e compartilhado, sem a autorização da vítima, um vídeo íntimo gravado por um amigo em comum deles com a ex-namorada.
Investigados agora por transmitir e armazenar arquivos contendo cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente, os jovens estão sujeitos a uma pena de até 6 anos de prisão.