Brasilienses enfrentam manhã gelada com ventos e céu encoberto; Inmet alerta para tempo seco e risco de incêndios durante o mês de maio.
Brasilienses enfrentaram um amanhecer gelado nesta terça-feira (13/5), com os termômetros marcando 15 ºC nas primeiras horas do dia e sensação térmica chegando a 11,5 ºC, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). A cena nas ruas refletia o clima: gente de gorro, moletom e cachecol, tentando se proteger do frio incomum.
A massa de ar fria e a grande quantidade de nuvens que cobriram o céu do Distrito Federal surpreenderam parte da população, mas já estavam previstas pelos meteorologistas. O mês de maio marca o início da estação seca na capital, e os próximos dias devem seguir com baixa umidade do ar, ausência de chuvas e temperaturas variando entre 14 ºC e 27 ºC.
Apesar da sensação de frente fria, o Inmet esclarece que não há uma frente fria vinda do Sudeste neste momento. De acordo com o meteorologista Olivio Bahia, o frio sentido nas madrugadas é resultado das temperaturas naturalmente mais baixas do período, intensificadas por ventos gelados, que reduzem ainda mais a sensação térmica.
“A sensação térmica é subjetiva e depende de fatores como o vento, a umidade e até o tipo de roupa que a pessoa está usando”, explica Olivio. “Nuvens baixas se formam próximas ao solo e, dependendo da área, podem gerar neblina ou nevoeiro nas primeiras horas do dia.”
Durante a estação seca, as temperaturas dificilmente passarão dos 30 ºC, e as noites tendem a ser frias, com queda gradual no fim do dia. Por isso, o alerta do Inmet é para que a população redobre os cuidados com a hidratação, use protetor solar durante o dia e esteja preparada para as oscilações de temperatura — especialmente para evitar resfriados comuns nessa transição térmica.
As chances de chuva neste período são mínimas e, caso ocorram, devem ser rápidas e isoladas, sem impacto significativo no nível dos reservatórios ou na umidade do solo. A seca também provoca uma transformação visual em Brasília, com a vegetação perdendo o verde e adquirindo tons acinzentados. Além do impacto visual, cresce o risco de incêndios florestais, exigindo atenção redobrada das autoridades e da população.