14/03/2019
| por:Alê Fiori
A vida moderna é cada vez mais orientada pelas tecnologias que otimizam o nosso tempo para executar tarefas, por outro lado, executamos ainda mais tarefas. A consequência é que não paramos para perceber o quanto nos desconectamos de nós mesmos até o momento em que o corpo resolve reclamar. Essa reclamação vem na forma de resfriados frequentes, enxaquecas, alterações cardíacas, falta de ar, constipação, dores nas costas e ganho de peso, por exemplo. Os sintomas de estresse e ansiedade são orientados pela mesma reação química, sendo que o estresse é uma resposta para uma situação ameaçadora e ansiedade é causada pela preocupação. As alterações fisiológicas são as mesmas, a diferença é que ansiedade é geralmente percebida com sintomas de curto prazo, enquanto o estresse pode durar semanas, meses ou anos.
É necessária uma dose de tensão para viver, mas como toda dualidade da vida, essa tensão precisa ser balanceada. A reação física do estresse no corpo é regulada pelo Sistema Nervoso Simpático (que ativa reações do corpo) e pelo Sistema Nervoso Parassimpático (que inibe o tamanho da reação do corpo a algum estímulo). O Sistema Nervoso Simpático estimula a adrenalina para a pessoa reagir a uma ameaça e libera cortisol (hormônio produzido pela suprarrenal para promover energia) que desencadeia os sintomas que percebemos nas situações de tensão. Esse sistema foi criado em nosso corpo para que o homem primitivo pudesse reagir para se defender ou fugir em situações de perigo, mas hoje os “perigos” estão ligados a autoimagem, relacionamentos, aversões e crenças envolvendo problemas no trabalho, nas finanças e no sentido da vida.
Nas filosofias orientais, onde cada vez mais o ocidente busca respostas, ensina-se que o estresse é o resultado de percepções baseadas em padrões habituais de pensamentos e que precisamos exercitar a consciência de que somos parte integral da vida, ao invés de um indivíduo lutando para preencher necessidades. Quando nos reconectamos com essa unidade, a realidade se torna uma aliada e percebemos que o ser que se tornou estressado não é aquele que realmente somos. Para reduzir o estresse é necessário buscarmos o autoconhecimento e equilibrarmos corpo-mente usando técnicas para reduzir a tensão, identificar quais relacionamentos e interações nos sustentam positivamente e quais nos trazem dor e sofrimento, e ainda, verificar bloqueios psicoemocionais que limitam nossa experiência de vida. A vida moderna não é a vilã do estresse e da ansiedade, mas sim, a forma como interpretamos o que ocorre ao nosso redor e para o que damos realmente importância. Ouça aqui um relaxamento guiado para começar o seu processo de percepção e alinhar-se ao seu Ser interior.
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