@natiribeiro95
As experiências mais profundas muitas vezes não fazem barulho.
Elas não chegam com estardalhaço, aplausos ou fogos.
Tocam de mansinho, como um sussurro que só uma alma muito atenta escuta.
São encontros interiores que nos ocorrem sem que ninguém perceba. Mesmo assim, transformam tudo.
Como o Espírito Santo, que não se impõe, mas se insinua, leve como o vento.
Não arromba portas, mas espera que as abramos.
Ele sopra onde quer, com a leveza de uma brisa e a força de um amor que não precisa se exibir.
Essas vivências silenciosas nos reorientam. Fortalecem a alma desesperançosa.
Às vezes, por meio de uma palavra certa na hora certa.
Outras vezes, por um silêncio que nos acolhe.
Elas nos devolvem à essência, lembram-nos do que realmente importa e nos ensinam a olhar com mais profundidade para nós, para os outros, para Deus.
É no recuo da multidão, na pausa do dia, no intervalo entre uma respiração e outra, que essas experiências acontecem.
Permanecem discretas, porém inapagáveis. E firmes, principalmente se as cultivarmos.
Como a presença sagrada do Espírito, que toca sem ferir, que arde sem consumir, que guia sem prender.
A verdadeira liberdade é silenciosa.