A única orquídea no mundo que dá fruto é também uma das especiarias mais caras, e ainda é uma fonte de renda para as famílias que vivem na região.
Vanila Edwalli, a baunilha do Cerrado, também conhecida como “baunilha banana” folhas ovais em forma de lança e de coloração verde escuro, possui raízes grossas e aéreas, sementes bem crustosas, sem asas; Produz flores são verde-amareladas e isoladas nas axilas das folhas, e o fruto que é a fava da baunilha, de aroma rico, uma pegada oleosa e bem suave ao toque, mede de 20 a 25 cm de comprimento e tem o formato alongado; Os caules delgados, labelo tribolato e elipsoide o diferencia-se de outras espécies de Vanilla. Se reproduz em locais frescos próximo de água, como brejo e apoiado em árvores frutiferas por por raízes aéreas.
Na cidade de Goiás Velho onde a baunilha do cerrado tem uma relação forte com a historia da cidade, é mais usada como planta medicinal, bastante requisitada para tratamento de tosses e pneumonia, em chás e xaropes. Também usada em perfumaria e em menor escala como planta medicinal pelas indústrias. A baunilha do cerrado é muito versátil, usada na aromatização de diversos tipos de preparações, mas principalmente de doces como cremes e sorvetes. Aromatiza e saboriza chocolates, bebidas e bolos; não apenas interfere no sabor final do prato como permite a conservação dos alimentos; e chega a ser usada até em práticas do candomblé. Deliciosamente usada em conservas, quando o favo amadurece, em torno de 10 dias ela desidrata e pode ser colocada em conservas com açúcar, esse açúcar passa a ter um aroma delicioso e serve para finalizar pratos como cremes, cafés, chás ou preparações como bolos, mingais, etc.
Os moradores mais antigo de cidade de Goiás estão mais familiarizados com a baunilha e sua importância para a história local do que a população jovem. Por ser encontrada apenas em áreas específicas de matas próximas à Serra Dourada, em volta de cidade de Goiás, poucos “apanhadores” – pessoas que vivem em chácaras na região – conseguem localizá-las e vendê-las. Seriam em torno de seis. Alguns moradores têm a planta em casa, em quintais, mas para consumo na própria família ou venda de xaropes.
A baunilha do Cerrado é de difícil cultivo e muito raro: encontrada e comercializada em sua forma selvagem principalmente entre março a maio (nos outros meses é encontrado apenas em conserva); como seu aroma foi sintetizado em laboratório, seu cultivo é pouco incentivado, ficando restrito a áreas especificas do Cerrado, que está ameaçado pela expansão da agropecuária. Uma planta demora até cinco anos para dar fruto, segundo populares. E é bastante visada por macacos e pássaros, por seu aroma forte, o que desestimula moradores a plantá-las. Na área urbana de cidade de Goiás, muitos que resolveram plantar enfrentaram problemas recentes com a lesma preta e desistiram.
As dificuldades em seu cultivo (é preciso, por exemplo, polinizá-la manualmente) e ao seu alto custo (um quilo – o equivalente a 20 “bananas” – pode chegar a R$500 fora de Goiás); tem-se priorizado a substância sintética que reproduz seu aroma.
No que se refere à polinização e ao crescimento das favas, cabe destacar que as favas são colhidas ainda verdes e passam por um longo processo de secagem, maturação e fermentação, que chega a durar meses antes de se transformarem nas conhecidas favas marrons e adocicadas; o processo para ressaltar seu perfume precisa passar por muitas manipulações, como calor inicial, secagem ao Sol, ser curada na sombra, seleção e empacotamento.; Por causa da curta duração de suas flores, a polinização precisa ser manual, dentro de um período muito curto que pode chegar a apenas algumas horas; seu cultivo exige luminosidade intensa, umidade constante e doses constantes de fertilizantes; a rega deve ser durante o ano todo, sem período de repouso; pode-se acrescentar ao seu substrato detritos vegetais e terra arenosa. (fonte: https://slowfoodbrasil.org)
E VAMOS A UMA RECEITINHA? CRÈME BRÚLÉE AO PERFUME DE LIMÃO SICILIANO E GENGIBRE…..a minha moda!
Receitinha que nada, uma sobremesa barata e fácil de preparar, mas que agrada a todos os paladares. O crème brûlée é um clássico, uma das sobremesas mais famosas da França. Delicioso porque além de ser leve, tem um toque de baunilha e fica com uma tentadora casquinha crocante por cima. Nessa minha releitura, vou dar aquela incrementada com gengibre e raspas de limão siciliano.
INGREDIENTES
- 5 gemas de preferência caipira ou de ovos bem fresquinhos
- 350 ml de creme de leite fresco
- raspas de 1 limão siciliano grande
- 1/2 colher de café de gengibre ralado
- 100 ml de leite
- ⅓ de xícara (chá) de açúcar
- 1/2 fava de baunilha do cerrado
- açúcar para caramelizar
MODO DE PREPARO
1. Pré-aqueça o forno a 160°C pois o creme será cozido em banho maria.
2. Coloque o leite numa vasilha, abra a fava da baunilha ao meio no sentido de comprimento e retire as sementinhas raspando bem, jogue as favas tb dentro do leite, junte o gengibre e as raspas de limão, leve ao fogo até ferver, desligue o fogo e reserve até esfriar.
3. Separe as gemas das claras, não vamos usar as claras, aproveite em outra preparação, não jogue fora! Retire a pelicula que envolve as gemas com os dedos ou passe por uma peneira sobre a tigela da batedeira. Junte o açúcar e bata em velocidade alta até obter um creme bem claro e aerado.
4. Desligue a batedeira e junte o creme de leite, o leite reservado já frio. Misture bem com uma colher. Deixe a mistura descansar por 10 minutos. Ferva água para o banho-maria.
5. Retire toda a espuma que se formou na superfície da mistura de gemas. Distribua o creme em ramequins que possam ir ao forno.
6. Arrume as tigelas numa assadeira retangular. Coloque a água fervendo e leve a assadeira ao forno. Deixe assar por 40 minutos.
7. Retire a assadeira do forno e os ramequins do banho-maria. Deixe esfriar e leve à geladeira por no mínimo 6 horas.
8. No momento de servir, polvilhe açúcar sobre toda a superfície do creme.
9. Se tiver um maçarico culinário, queime o açucar na hora de servir, caso não tenha, coloque uma colher de sopa na chama do fogão para aquecer bem. Encoste as costas da colher quente na superfície do creme, fazendo movimentos circulares, para caramelizar o açúcar. Caso precise, repita esta operação até caramelizar toda a superfície, mas não deixe queimar demais o açúcar.