Acredito que, em todos os lugares, podemos buscar evoluir de uma maneira ou de outra. No trabalho, na família, com os amigos ou até mesmo sozinhos: sempre há espaço para melhorar algum comportamento. Sem que isso vire uma obsessão ou até mesmo uma espaço para vaidade, buscar evoluir pode ser o remédio para a vida vazia.
Se não vemos propósito em onde estamos, por que não começamos a ver as coisas sob uma outra perspectiva? Às vezes, podemos pensar que a vida só tem um propósito se houver grandes acontecimentos, mas muitas das vezes o nosso propósito é apenas viver um dia de cada vez. De que adianta termos grandes conquistas e feitos a níveis mundiais se não conseguimos lidar com nossos próprios familiares?
A revolução quase sempre é silenciosa. Começa de dentro, quando reconhecemos nossas falhas e nossa pequenez perante o mundo. Ou quando percebemos que não somos melhores que ninguém, e que nossas diferenças só ajudam a criar um ambiente mais gostoso de se viver. A revolução continua quando tentamos melhorar nosso relacionamento com quem está próximo. A revolução termina quando entendemos que nunca vamos parar de aprender.
Nada é linear. Um dia estamos bem, no outro, nem tanto. Mas sempre há espaço para aprimorar alguma característica dentro de nós. Se o outro me trata com desdém, por que vou rebater com a mesma moeda? Por que não tentar quebrar o ciclo com um tratamento mais amigável? Se não concordo com o que o outro me diz, por que não tentar aprender um pouco com ele, ou pelo menos ouvi-lo com atenção e carinho?
Sei que às vezes parece que estamos dando murro em ponta de faca, especialmente quando nossas tentativas são inúmeras, e os resultados, quase nulos. Mas que tal aprender a soltar um pouco a tentativa de perfeição e curtir o processo? Se não deu certo hoje, mais uma vez, que possamos recomeçar amanhã – ou talvez depois de amanhã, para folgarmos um pouquinho também.
Nem tudo precisa sair no nosso tempo. Na verdade, quase nada sai conforme nossos planos. As coisas acontecem e se resolvem no tempo de Deus, e enquanto isso, podemos trilhar uma caminhada amarga ou doce: a escolha é nossa.