Muita gente pergunta a partir de que idade o cão é considerado idoso. Não há resposta exata para essa pergunta e aquela lenda de que um ano de cachorro equivale a sete anos do humano é um parâmetro que não deve ser considerado.
O cãozinho é considerado idoso quando já viveu três quartos da previsão de vida dele. Por exemplo: um Pinscher que vive em média 16 anos, pode ser considerado idoso a partir dos 11 anos de idade. Já os cães de médio e grande porte, que biologicamente vivem menos tempo, são considerados idosos lá pelos 8 anos. Portanto esse número é bem relativo, mas o que importa é saber que o cão quando fica mais velho também precisa de cuidados especiais e pode apresentar algumas mudanças de comportamento.
Uma das doenças mais comuns entre os cães com mais de 07 anos é a catarata. Ela pode ser notada pelo tutor quando aparecer uma mancha branca nos olhos e deverá ser tratada para não evoluir para um estado de cegueira, que aí sim será muito mais trabalhoso para manter o cuidado adequado. Cuidar do animal para não bater nos móveis da casa, conseguir andar pelo quintal e não se machucar pode ser muito mais complicado que o tratamento com um veterinário especializado.
Outra mudança é a falta de mobilidade. Se notar que seu cão já não pula no sofá como antes, escorrega com facilidade em pisos lisos, perde o equilíbrio ou não gosta mais de correr como fazia, pode ser um sinal de que velhice está chegando. Consultar um médico veterinário é sempre a melhor opção. O profissional vai ajudar a entender qual a real situação do cãozinho e a atividade física mais adequada para ele. Passeios mais curtos, mais lentos e mais esporádicos pode ser uma boa saída para atender à necessidade dele agora.
Algumas mudanças de comportamento também podem acontecer. Assim como os humanos, os cães idosos também podem ficar mais impacientes, mais esquecidos, mais irritados. A senilidade nos cães traz a perda progressiva de funções sensoriais, causada pela morte dos neurônios. Essa disfunção cognitiva pode apresentar desorientação (quando ele fica perdido em lugares que já conhece), esquecimento de comandos antes familiares, alteração de sono e mais vocalização. Sempre é bom lembrar que o médico veterinário pode ajudar nessa fase a trazer uma qualidade de vida melhor ao nosso melhor amigo.
A alimentação também deve ter atenção especial. Muitos cães idosos sentem dor ao comer ou tem perda de dentes. Por isso, durante toda sua vida, é sempre recomendável escovar os dentes deles todos os dias e, na velhice apresentar comidas mais fáceis de mastigar e macias.
Manter brincadeiras e atividades que estimulem as sensações do seu cão também devem ser incentivadas. Caça ao petisco, para que seu instinto fuçador seja continuamente ativado, é uma boa opção tranquila para que ele continue estimulado seu principal sentido: o olfato.
Fazer massagens também estimula e ainda ajuda o tutor a identificar possíveis sinais de dor ou alterações físicas.
Lembre-se que em todas as situações o médico veterinário é sempre seu melhor aliado.
O nosso maior amigo merece uma velhice tranquila, segura e com muito amor. Então, quando for adotar, considere um cãozinho mais idoso que nunca teve uma chance de conhecer o amor de uma família.
Tem alguma dúvida ou assunto que quer ver por aqui ? Mande uma mensagem para o Dr. Antônio Galvão no pethotelparkway@gmail.com
