Com a chegada do período de estiagem, cuidados com hidratação, doenças respiratórias e combate ao Aedes aegypti ganham destaque
Maio marca o início da estação seca no Distrito Federal, que se estende até setembro. Durante esse período, a queda na umidade do ar e as temperaturas mais amenas aumentam os riscos de problemas de saúde, como infecções respiratórias, viroses e desidratação. Por isso, os cuidados preventivos precisam ser intensificados, especialmente entre os grupos mais vulneráveis, como os idosos.
De acordo com Fernando Erick, coordenador de Atenção Primária à Saúde da Secretaria de Saúde do DF (SES-DF), a sazonalidade tem forte impacto nos atendimentos nas unidades básicas de saúde (UBSs), tornando essencial a atuação preventiva. “É o momento em que lançamos mão de pequenas tecnologias e reforçamos ações de cuidado primário”, afirma.
Hidratação é essencial — principalmente entre idosos
Com o frio, é comum a redução no consumo de água, o que pode levar à desidratação, agravando quadros crônicos e causando alterações cognitivas. Para os idosos, a orientação é oferecer líquidos em menor volume, mas com maior frequência, usando copos de vidro, canudos ou outros utensílios que estimulem a ingestão.
Etiqueta respiratória e prevenção de viroses
Outro cuidado importante é a chamada “etiqueta respiratória”, prática reforçada durante a pandemia de covid-19. Ela inclui o uso de máscaras ao apresentar sintomas gripais, afastamento temporário de ambientes públicos e higienização constante das mãos — medidas simples, mas eficazes na prevenção de doenças transmissíveis.
Melhor época para combater a dengue
Embora o tempo seco reduza a circulação do mosquito Aedes aegypti, é justamente nessa época que o combate deve ser intensificado. “Esse é o melhor momento para eliminar criadouros, pois o vetor está menos ativo”, explica Fernando Erick. A recomendação é evitar qualquer tipo de acúmulo de água, mesmo em pequenos recipientes, para impedir a reprodução do mosquito transmissor da dengue e outras arboviroses.
A orientação das autoridades de saúde é clara: prevenir agora evita surtos e agravos quando as chuvas retornarem. O cuidado constante, aliado à informação, é a melhor forma de proteger a saúde da população durante a estiagem.