Os rodoviários do Distrito Federal paralisaram 100% da frota nesta segunda-feira (03). A categoria reivindica a vacinação contra Covid-19.
De acordo com o Sindicato dos Rodoviários do DF (Sinttrater), o serviço será interrompido por 24 horas. A decisão foi tomada após reunião no Palácio do Buriti na sexta-feira (30). De acordo com o sindicato, a reunião “não atendeu às expectativas” e, portanto, não houve acordo entre as partes.
Em nota, a Secretaria de Saúde disse “reconhecer a importância da vacinação dos rodoviários” e que “segue ampliando os grupos prioritários de vacinação contra a Covid-19 dentro das possibilidades”.
“A pasta seguirá trabalhando para que os grupos de maior risco e os setores estratégicos da sociedade sejam imunizados o mais rápido possível, mas depende da produção e do envio de novas doses de vacina.”
Ainda na sexta, a 3ª Vara de Fazenda Pública do DF considerou que a paralisação anunciada era “ilegal e abusiva” e determinou que os rodoviários “se abstenham de promover paralisação total ou parcial dos serviços de transporte”, sob pena de multa de R$ 1 milhão. A decisão foi do presidente do Tribunal de Justiça do DF e Territórios (TJDFT), Pedro Matos de Arruda.
Entretanto, neste domingo (2), a desembargadora do TJDFT Sandra de Santis cassou a decisão anterior. A magistrada entendeu que “a decisão já proferida pelo juízo trabalhista, em dissídio coletivo, que afinal deve prevalecer, viabiliza o direito de greve dos trabalhadores, sem, contudo, inviabilizar o direito de ir e vir da população do Distrito Federal, por meio do transporte público”.
Mas o Águas Claras Mídia lembra que a paralisação dos rodoviários acontece ao mesmo tempo em que a greve dos metroviários completa duas semanas. Porém os os metroviários devem manter contingente mínimo de 60% da frota nos horários considerados de pico – entre 5h e 9h30 e das 17h às 19h30 – e de 40% no restante do dia. A pena para o descumprimento, neste caso, é de R$ 50 mil por dia.
Contudo, a paralisação dos rodoviários pegou os passageiros de surpresa. Os usuários lotaram as paradas desde às 5h da manhã na espera de pegar um ônibus, mas apenas transportes piratas circulavam a todo momento. E aproveitando da situação para aplicar preços abusivos em decorrência da demanda.
Os congestionamentos também marcaram a manhã em vários pontos do DF. Por isso, o Departamento de Trânsito (Detran) liberou as faixas exclusivas das vias W3 Sul, W3 Norte, Eixo Monumental e Setor Policial Sul para o tráfego de veículos. Na EPTG e EPNB, o Departamento de Estradas de Rodagem (DER) também liberou as faixas exclusivas. Porém, a faixa do BRT-Sul permanece sem alterações.