Um esforço conjunto no combate à dengue e outras arboviroses foi iniciado, nesta quarta-feira (22), em Arniqueira. Integrantes das vigilâncias Ambiental e Epidemiológica, da administração regional, do DF Legal e do Serviço de Limpeza Urbana (SLU-DF) estão nas ruas da cidade para um trabalho orientativo, ações de limpeza de inservíveis e também de inspeção em residências e comércios da cidade.
Desta quarta até sexta-feira (24), o mutirão contra o mosquito da dengue vem atuando nas quadras da Área de Desenvolvimento Econômico (ADE), detectada pelos técnicos da Vigilância Epidemiológica como uma das áreas críticas na Região de Saúde Sudoeste.
“Estamos fazendo ações de prevenção e controle aqui. Isso inclui explicações sobre como fazer a retirada de entulhos e inservíveis. E atenção a doenças como a dengue, chikungunya e também à presença de escorpiões” explica a coordenadora do grupo de prevenção e controle de doenças transmitidas pelo mosquito na região, Edcarla Cruz.
“Eventualmente, um morador reclama que o outro está causando perigo para a comunidade, pois acumula lixo. Então, a presença de tantos órgãos aqui vai ajudar nesse trabalho de conscientização”Telma Rufino, administradora regional de Arniqueira
Moradores e comerciantes dos conjuntos 1 ao 17 da ADE foram orientados a deixar seus resíduos fora de casa – itens como móveis e pneus, por exemplo – para serem recolhidos pela equipe da administração até sexta. No total, quatro caminhões estão disponíveis para a coleta dos itens sem uso. Em outra ponta, os agentes de vigilância ambiental realizam visitas para orientar a população.
Dono de uma marcenaria no Conjunto 2, João Batista Silva, 60, conversou com os agentes e agradeceu a presença deles. “Temos muito lixo acumulado pela ADE, basta andar por aqui. E, às vezes, vejo gente de fora despejando entulho próximo às nossas lojas”, conta o senhor. “Eu faço a minha parte, mas muita gente não faz a deles. É uma questão de saúde”, aponta. Ele recebeu um folder com informações sobre a prevenção de doenças causadas pelo Aedes aegypti.
A administradora Telma Rufino ressaltou algumas dificuldades que Arniqueira apresenta no tocante à dengue. “Aqui temos casas com piscinas, pessoas que não limpam seus lotes e isso representa um problema sério pra gente”, aponta. “Eventualmente, um morador reclama que o outro está causando perigo para a comunidade, pois acumula lixo. Então, a presença de tantos órgãos aqui vai ajudar nesse trabalho de conscientização”, acredita a gestora.
A dengue pelo país
No Brasil, a incidência da dengue tem crescido e, segundo dados do Ministério da Saúde, já foram notificados mais de 300 mil registros da doença apenas em 2023 – um crescimento de 43,8% em comparação com 2022. Na capital federal, o cenário atual é de queda, com redução de 48,8% no número de casos prováveis em relação ao ano passado, segundo a Secretaria de Saúde. Mais um sinal que aponta para a importância do trabalho de prevenção.