O homem baleado por policiais em Águas Claras, no domingo (12), empresário Fabrício César Lima de Lacerda, de 35 anos, acusado de violência doméstica contra a esposa, morreu na noite de sexta-feira (17), no Hospital de Base do Distrito Federal. A informação foi confirmada pela corporação no sábado (18).
O homem foi atingido por dois tiros após brigar com a mulher no condomínio onde o casal morava, na avenida Jequitibá. Segundo a Polícia Civil, os agentes tiveram de disparar contra o suspeito porque ele estava “alterado e agressivo”, teria resistido à prisão e tentado pegar uma faca para agredir os policiais.
O ocorrido
No dia das agressões, a polícia foi chamada por vizinhos, que ouviram a briga entre o casal. Segundo testemunhas, durante os nove anos em que estavam juntos, já haviam se envolvido em outros episódios de violência doméstica.
Já a mulher disse que o marido a empurrou no elevador durante uma discussão, mas que depois eles entraram em casa e resolveram a situação. Após a chegada dos policiais ao apartamento, o homem teria se trancado no quarto e resistido à prisão.
A esposa, na ocasião, disse que pretendia registrar um boletim de ocorrência contra os policiais porque achou a ação da corporação “desproporcional”. Também disse que não faria exames de corpo de delito.
Já a polícia publicou a seguinte nota sobre o ocorrido:
“A PCDF, por meio da Assessoria de Comunicação — Ascom, informa que nesse domingo (12), equipe plantonista da 21ª DP foi acionada para atender ocorrência de crime previsto na Lei Maria da Penha, entre marido e mulher, fato ocorrido em um apartamento residencial, em Águas Claras/DF.
No local, os policiais identificaram o autor, de 35 anos, que estava na companhia da esposa, 32, vítima de agressão verbal e física praticada pelo companheiro.
Em razão das circunstâncias do flagrante, os policiais deram voz de prisão ao envolvido, porém bastante alterado e agressivo, ele passou a desacatar os agentes, tentou apropriar-se de uma faca e agredi-los fisicamente, bem como sacar a arma do policial.
Em razão do risco oferecido aos agentes e à vítima, restou necessário efetuar disparo de arma de fogo na perna do agressor, sendo ele imediatamente socorrido ao hospital para os primeiros socorros.
Ressalta-se que a ação policial foi necessária e adequada às circunstâncias fáticas. As cenas da agressão praticada pelo envolvido foram registradas pelo circuito interno do prédio, comprovando a situação flagrancial, caracterizada por violência e grave ameaça à integridade física da vítima.
O envolvido encontra-se internado no Hospital de Base de Brasília. Os policiais foram encaminhados ao IML para exame de corpo de delito. A arma do policial foi apreendida e encaminhada à perícia. A DP apura os fatos.”