Moradora de Águas Claras agrediu verbalmente entregador de aplicativo de comida.
Segundo o entregador, que não quis ser identificado, as agressões começaram depois que ele não quis subir ao prédio para deixar a comida. Seguindo apenas o que estava informado no aplicativo – “Deixar na portaria”.
As reclamações da consumidora foram feitas no chat do próprio aplicativo. A mulher começou dizendo que reclamaria do serviço do entregador e em seguida o chama de “moleque” d “idiota”. (Veja as mensagens)
O entregador sentiu-se ofendido. E completou que, além de no aplicativo estar descrito para deixar a entrega na portaria, essas subidas aos prédios são um risco hoje em dia, devido ao alto número de roubos de motos na região. Informação confirmada pelo sindicato que representa os motoristas de aplicativos.
O que diz a lei
A atitude da consumidora pode lhe acarretar, muito mais do que um contratempo pela falta da refeição, uma vez que, a atitude da mulher pode ser tipificada, judicialmente, como injúria.
De acordo com o artigo 140 do código penal, a injúria pode ter pena de 1 à 6 meses de detenção, inclusive.
E como a injúria é um crime de ação penal privada, a vítima tem até 6 meses para apresentar a queixa crime.
Situação comum
Outros entregadores de aplicativos relatam que é comum serem tratados com falta de educação e desdém.
No início do mês de março, por exemplo, foi noticiado um caso de agressão física contra um entregador no Paranoá, pois o mesmo teve dificuldade de encontrar o endereço e atrasou a entrega. Após esse caso, houve, inclusive, uma manifestação da categoria pedindo justiça e respeito a esses prestadores de serviço.
Trabalho X Ganho
Um entregador de aplicativo tem a possibilidade de faturar entre R$1.500,00 à R$ 3.000,00 por mês, a depender da quantidade de corridas diária.
Cada corrida pode render ao entregador de R$6,00 a R$ 12,00. Logo para ter uma remuneração maior, eles precisam fazer de 17 a 20 corridas diariamente.