Milta infartou, de 75 anos, após ser acusada de furtar um par de chinelos em uma rede atacadista no dia 28 de novembro, passou mal e queixou-se de dor no peito, ânsia de vômito e fadiga. Por isso, a família a levou direto para a Unidade de Pronto-Atendimento de São Sebastião.
Ao realizar o pagamento dos itens que comprou, Milta foi abordada de forma brusca por uma funcionária do local e negou que tinha furtado o par de sandálias. Ao conferir as imagens de câmeras de segurança, os funcionários constataram que Milta dizia a verdade, pediram desculpas e ofereceram água.
O caso foi registrado como crime contra o idoso na 30ª DP (São Sebastião). Após ouvir o depoimento dos envolvidos, o delegado do caso, Ulysses Fernandes, afirmou que as investigações demonstram que “não houve crime praticado por qualquer funcionário do estabelecimento e que não houve a intenção dos funcionários em ofender a honra dessa senhora”, disse. Além disso, não houve qualquer atuação por parte dos seguranças e ela foi abordada pela a caixa e os fiscais de caixa. Milta poderá recorrer ao judiciário para uma reparação na esfera civil.
Segundo a neta de Milta, Sandrine Oliveria, 29, a idosa passa bem, mas terá sequelas do infarto. “Antes ela só tinha pressão alta, agora, terá de cuidar dos problemas que desenvolveu no coração. Terá de fazer tratamento em casa por um bom tempo além de realizar consultas periódicas”, diz.