Na sexta-feira (20/11), o Tribunal do Júri de Águas Claras condenou o réu Gilberto Ribeiro Rocha (51) a 15 anos de prisão, pela morte de Maurício César Chaves (45). O acusado teria matado Maurício após receber tapa na orelha.
Segundo o processo, o réu teria assassinado a vítima por ter sido alvo de zombarias e recebido um tapa na orelha, agressões protagonizadas por Maurício. Gilberto reagiu disparando vários tiros contra o outro homem. Além do homicídio, o réu também foi condenado por porte ilegal de um revólver calibre 32mm, a arma usada no crime.
O assassinato aconteceu em 21 de abril de 2020, por volta das 18h, em via pública, perto de uma distribuidora de bebidas, na QS 08, no Areal. Segundo os autos, Gilberto e Maurício eram conhecidos, mas não amigos.
O juiz destacou o fato de o crime ter ocorrido durante o período de isolamento social, imposto no começo da pandemia do novo coronavírus. Para o magistrado, o réu “demonstrou verdadeira falta de sentimento de empatia coletiva”.
Segundo o juiz, o homicídio gerou a mobilização do aparelhamento estatal de forma indevida, expondo a todos os envolvidos no atendimento da ocorrência à situação concreta de exposição de risco de contaminação pela Covid-19.
Gilberto poderá recorrer da sentença, mas, neste caso, não foi concedido ao réu o direito de recorrer em liberdade.