Na manhã da próxima quarta-feira (01), o governador Ibaneis Rocha assinará a ordem de serviço para autorizar o início das obras da “Terceira Saída” de Águas Claras, com entrada pela EPTG. A previsão é de que haja um viaduto de 50 metros de extensão.
A estrutura, custará R$ 14 milhões e deve beneficiar cerca de 150 mil pessoas. Se não houver imprevisto, o Departamento de Estradas de Rodagem (DER-DF) espera concluir a obra em até 180 dias.
A intervenção atende a um antigo pedido da comunidade. Moradores da região sofrem diariamente com quilômetros de engarrafamentos para conseguir chegar aos dois únicos pontos de acesso à cidade, considerada uma das mais populosas do Distrito Federal.
Para a entrada em Águas Claras, há atualmente dois acessos: o viaduto Israel Pinheiro, inaugurado em agosto de 2008, que passa pela via da Estrada Parque Vicente Pires (EPVP), que liga a EPTG à Estrada Parque Núcleo Bandeirante (EPNB), passando pelo Park Way e o viaduto da Unieuro que liga Águas Claras à EPTG e à Colônia Agrícola Samambaia e também, dá acesso ao Pistão Sul.
“Essa ideia, na verdade, já vem no DER há muito tempo. Agora, conseguimos viabilizar a questão ambiental – que sempre foi um problema –, além do ajuste com a Residência Oficial de Águas Claras, já que a área é limítrofe com a propriedade”, disse Fauzi Nacfur, diretor-presidente do DER-DF.
Segundo Fauzi, a obra foi possível após negociação com construtoras da chamada compensação habitacional, espécie de benfeitorias contratuais previstas no contrato com a Secretaria de Desenvolvimento Habitacional (Seduh). Além disso, houve a alocação de emenda parlamentar do Congresso Nacional.
“Eu via aquele engarrafamento diário para Águas Claras, e aquilo ocorre porque não tem pista de escoamento. Tanto que a EPTG fica mais leve. A região ficava com trânsito mais pesado, porque acumulava todo mundo em cima daquele balão da Euro-Americana. Com a participação de todos, coloquei o valor de R$ 6 milhões e tocamos o projeto com o governador”, disse o deputado federal Luis Miranda, autor da emenda.
“A compensação habitacional não deu para custear toda a obra. Então, conseguimos a destinação dessa emenda, que conseguiu viabilizar toda obra. As pessoas acham que é simplesmente lançar, mas estávamos há um ano debruçados nesse projeto, até que realmente vamos tirá-lo do papel”, completou Fauzi.
A cidade de Águas Claras foi projetada, a princípio, para permitir a construção de prédios com até 6 andares. Contudo, mudanças no gabarito possibilitaram edifícios residenciais com até 20 andares, o que quase quadriplicou a população prevista.
“Com essa terceira saída, você aumenta em 50% a possibilidade de acesso ao local e melhora o fluxo viário dentro da cidade”, finalizou Miranda.