Conheça a história dessa celebração tão amada pelos moradores de Águas Claras
Quando chega o mês de junho, é impossível não se encantar com as bandeirinhas coloridas, quadrilhas, fogueiras e, claro, as deliciosas comidas típicas. Mas, por trás de toda essa alegria e celebração, existe uma forte ligação entre a Festa Junina e a fé católica, que muitos, às vezes, desconhecem ou não param para refletir.
A origem da Festa Junina no Brasil tem, sim, uma mistura de elementos. Por um lado, suas raízes vêm de tradições antigas da Europa, que celebravam o solstício de verão e as colheitas, com rituais para agradecer pela fartura e pedir boas safras. Mas, com o passar do tempo, a Igreja Católica incorporou essas manifestações, dando a elas um novo sentido, centrado na devoção a três santos muito populares: Santo Antônio (13/6), São João (24/6) e São Pedro (29/6).
A fogueira, por exemplo, não é só um elemento decorativo ou para espantar o frio. Na tradição católica, ela tem relação direta com São João Batista. Segundo a tradição, quando João nasceu, sua mãe, Isabel, acendeu uma fogueira no alto do monte para avisar à prima, Maria (mãe de Jesus), sobre o nascimento do menino.
Outra curiosidade é que as festas de cada santo têm suas características próprias: Santo Antônio é conhecido como o santo casamenteiro, por isso, muitos fazem orações pedindo ajuda para encontrar um amor; São João é considerado o mais alegre, por isso, suas festas costumam ter mais danças, quadrilhas e comemorações comunitárias e São Pedro, por sua vez, é o guardião das portas do céu e também protetor dos pescadores, sendo muito celebrado nas cidades litorâneas.
Portanto, a Festa Junina não é apenas uma celebração cultural ou uma ocasião para comer e dançar quadrilha. É, sobretudo, uma forma de manter viva a fé, a gratidão e o espírito de comunidade, características tão presentes na tradição cristã.
Celebrar junho é, de certa forma, celebrar a vida, a esperança, a fraternidade e a alegria de estar junto. Que possamos viver cada momento dessas festas com o coração cheio de gratidão e fé!
Artigo de Nathanna Moreira Soares, coordenadora de Pastoral do Colégio Marista Águas Claras.