O 17º Boletim Codeplan mostra, mais uma vez, que o Distrito Federal estava na 26ª posição entre as unidades federativas do país em relação à taxa de letalidade da Covid-19. Segundo dados do Ministério da Saúde, até o último domingo (9), 1,41% dos casos confirmados de coronavírus em Brasília vieram a óbito. Já a taxa de mortalidade era de 57,41 óbitos a cada 100 mil habitantes, ocupando a 12ª colocação entre as unidades da Federação até o dia 9 de agosto.
Houve redução no número de novos casos diários no Distrito Federal. A taxa de crescimento foi de 0,6% na última semana (2 a 8 de agosto), metade da registrada na semana anterior (de 26 de julho a 1 de agosto). Com isso, o DF passou da 3ª para 4ª posição no ranking de novos casos diários por unidades federativas. A queda da taxa de crescimento diário deve ser analisada com cautela, pois é influenciada pela regularidade das testagens e os ajustes retroativo dos dados, em especial nos analisados conforme a data de início dos sintomas.
Considerando o número absoluto de casos, o Distrito Federal continua na 8ª colocação entre as UFs, com 123.057 infectados até o dia 9 de agosto. A capital federal também permanece em 3º lugar em número proporcional de casos, com 4.081 casos por 100 mil habitantes. Em relação aos óbitos, o DF figurava na 17ª posição entre as unidades federativas, com 1.731 óbitos contabilizados até o último dia 9.
RECORTE POR GÊNERO E COR
Ao considerarmos o perfil das vítimas e contaminados, observamos que a Covid-19 afeta de maneira desigual homens e mulheres no mundo, no Brasil e no Distrito Federal. Os óbitos em decorrência da doença entre os homens é maior em relação às mulheres, embora os casos confirmados sejam mais comuns entre elas.
Dos 123.057 contaminados no Distrito Federal até o último domingo (9), 65.339 eram mulheres e 57.718 homens. Entre as 1.731 vítimas, 1.029 eram homens e 702 mulheres. A taxa de letalidade era de 1,78% entre os homens e 1,07% entre as mulheres.
Os dados de hospitalização por Covid-19 do Ministério da Saúde mostram a desigualdade entre negros e não negros hospitalizados. Entre 15 de março e 26 de abril, a proporção de hospitalizados negros e não negros no Distrito Federal mantiveram-se próximas, com um maior percentual médio de hospitalizados não negros no período: 19% de não negros e
15% de negros. A partir da semana de 03/05, o DF passou a apresentar uma maior proporção de hospitalizados negros.
Entre 15 de março a 26 de julho, 61% das hospitalizações ocorreram na rede pública e 39% na rede particular. Entre a população hospitalizada na rede pública, 29% eram negros e 8% não negros; na rede particular, 26% eram negros e 13% não negros. Vale ressaltar que 65% dos registros sobre cor não são preenchidos.
Fonte: Agência Brasília