Você sabia que os cães também podem sofrer de depressão?
É isso mesmo. Os cãezinhos também sofrem de depressão, e assim como os humanos, esta é uma condição muito comum e cada vez mais frequente nos peludos. E as causas podem ser inúmeras, mas as mais frequentes são abandono, falta de socialização e atenção dos donos e ainda a falta de estímulos físicos e mentais. O cão deve ser incentivado a expressar comportamentos caninos, como cavar buracos, caçar (existem brinquedos que estimulam a caça ao petisco), passeios estruturados e frequentes, correr, pular, brincar. Ufa! Não é fácil criar um cachorrinho, por isso quando pensar em ter um animal em casa é sempre bom levar em consideração o tempo que você vai poder disponibilizar para ele. Ou então é melhor comprar um bichinho de pelúcia.
Como eles não podem falar sobre seus sentimentos, o jeito é ficar de olho nas mudanças de comportamento.
Alguns fatores podem colaborar para a depressão canina, como mudanças de ambiente, sensação de abandono, ansiedade de separação. Aliás, este tem sido um dos motivos mais frequentes. Por conta da pandemia, muitos tutores passaram a trabalhar em casa, no modelo home office, e seus filhotes se acostumaram com a presença diária e companhia dos donos o tempo todo. E a volta gradual ao escritório pode se tornar um dos gatilhos para a depressão do animal, que se sente sozinho mais tempo. Outras situações também podem se tornar motivo para aumentar a tristeza do nosso amigo. A separação de um casal é outro fator que pode causar depressão, pois o cãozinho sente falta do humano que “foi embora”. A chegada de um bebê na família pode fazer com que ele se sinta preterido pelo novo morador, a perda de um amigo pet, a recuperação de uma doença e ainda a morte do dono, um caso irreversível que precisa ser trabalhado com atenção pelos novos tutores.
Alguns tipos de comportamento podem nos dar sinais de que nosso melhor amigo não está bem. Lamber muito as patinhas e outras partes do corpo por muito tempo chegando a automutilação, mostrar desinteresse por atividades que antes ele gostava, falta de apetite, alterações no sono, rejeição ao toque físico e aquela falta de alegria comum com os donos, quando chegamos em casa, por exemplo. Quando identificamos alguns destes sintomas, o ideal é procurar o médico veterinário, que vai ajudar a identificar as causas do problema e as soluções também.
A boa notícia é que com um pouco de paciência e atenção, este estado tende a passar rápido se o tutor tomar algumas providências.
Manter o animal mais engajado na rotina da família é sempre uma boa pedida. Levar o caõzinho passear, mesmo que um pouco por dia, e recompensa-lo quando ele parecer mais feliz pode ajudar na melhora do peludo. Carinhos diários e brincadeiras, evitar longas ausências e manter a socialização do animal pelo menos uma vez por semana, são verdadeiros bálsamos para a saúde mental do nosso amigo.
As creches semanais são uma ótima pedida na medida em que promovem a interação entre os cães e estimulam as atividades físicas e mentais dos peludinhos.
Agora, se o caso for mais grave, existem medicamentos que podem ajudar, e devem ser indicados pelo médico veterinário. Não é recomendável medicar o cão sem orientação médica. Existem tratamentos menos invasivos, como homeopatias, florais de Bach e até acumpuntura que, dependendo do grau da depressão, tem mostrado resultados satisfatórios.
O grande segredo é identificar a condição do caõzinho com brevidade, para que a melhor solução seja aplicada e a saúde mental do nosso melhor amigo recuperada.
Assim que ele vai voltar a “sorrir” e se manter saudável por mais tempo.
Mande uma pergunta ou dúvida para o Dr. Antônio Galvão através do e-mail pet_hotel_park_way@gmail.com