Os estudantes da rede pública de ensino estão retomando as aulas presenciais de forma integral nesta quarta-feira (3). Para a secretária de Educação, Hélvia Paranaguá, o retorno representa um grande desafio e tem como foco principal o aprendizado dos estudantes, prejudicado pela pandemia.
“O principal motivo de estarmos aqui é garantir aos nossos estudantes o direito ao aprendizado. Teremos 30 dias para planejar o nosso ano letivo de 2022”, afirmou Hélvia Paranaguá, durante coletiva realizada na semana passada, quando anunciou a importância do retorno de 100% das aulas presenciais.
Nos 30 dias letivos restantes em 2021, o governo quer restabelecer a rotina dos estudantes, uma vez que boa parte deles não chegou sequer a pegar o ritmo escolar de aulas nos cinco dias da semana. “Com o revezamento, eles ficaram nove dias fora da escola. Isso prejudicou bastante, principalmente aqueles menores em alfabetização”, explicou a professora Hélvia.
Para ela, o rodízio prejudicou sensivelmente o desenvolvimento pedagógico e educacional dos alunos. “Isso é para mostrar que, a partir de 2022, essa será a rotina, com cinco dias de aula e dois fora. Tem estudante que nunca viveu isso. Não podemos fazer isso com nossas crianças, não temos o direito de fazer isso com eles, que precisam estar na escola para aprender”, reforçou.
A Secretaria de Educação trabalha com avaliações internas, como, por exemplo, o percentual de quantos estudantes não foram alfabetizados. Para o início do ano letivo de 2022 está prevista uma avaliação via Sistema Permanente de Avaliação Educacional do Distrito Federal (Sipae-DF). Estudos e análises internas também foram feitas desde que as aulas retornaram de forma híbrida, em 9 de agosto.
Para recuperar o tempo perdido, prejudicado pela covid-19, a Secretaria de Educação vai trabalhar com intervenções pedagógicas, reforço escolar, mídias e tecnologia. “Não podemos deixar essa geração ser perdida, é para eles e por eles que trabalhamos”, acrescentou a titular da pasta.