Após mais de 120 dias sem chuva, no fim da tarde de ontem (16/9), Águas Claras e outras cinco regiões viram a chuva voltar à capital. Também registraram precipitações Taguatinga, Vicente Pires, Núcleo Bandeirante, Samambaia, Ceilândia e Recanto das Emas.
O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) previu chuva, de forma isolada, para quinta-feira (15). E a previsão se concretizou com pingos d’água em Planaltina. Mas na sexta, as chuvas se manifestaram de forma mais generalizada.
Brasília bateu recorde de maior período de estiagem dos últimos 52 anos, com 131 dias sem chuvas, nessa quinta-feira (15/9). Considerando-se, porém, todo o DF, o intervalo é de 121, segundo o Inmet.
No fim de semana, há previsão de novos registros, mas em áreas isoladas. Volumes maiores e em mais regiões da capital federal devem ocorrer a partir da última semana de setembro.
A expectativa dos brasilienses é de que a precipitação ajude a aliviar os recordes de temperatura no ano. Na quarta-feira (14/9), por exemplo, os termômetros marcaram 35,2ºC, o maior registro de 2022 até o momento. A umidade relativa do ar ficou abaixo de 12%.
A falta de chuva impulsionou, ainda, a queda no volume de água no reservatório do Descoberto — principal responsável pelo abastecimento hídrico do DF —, que atingiu 51,8% na quinta-feira (15/9), segundo a Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento do Distrito Federal (Adasa).
Apesar do percentual em queda, o presidente da Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb), Pedro Cardoso, disse que o DF não terá falta de água, como ocorreu há cinco anos.