O calendário marca 21 de outubro como o Dia Nacional de Combate à Sífilis. Porém, ações de enfrentamento e conscientização sobre o tema são realizadas pelo governo do Distrito Federal (GDF), por meio da Secretaria de Saúde (SES-DF), durante todo o ano, de forma contínua.
Testagem rápida, distribuição de preservativos e tratamento apropriado para a população são algumas das iniciativas permanentes que reforçam o combate à infecção. “Essas estratégias são formas de ampliar o olhar e a vigilância para reduzir, e até evitar, novos casos, principalmente, tratando-se de sífilis congênita”, afirma a gerente da Vigilância de Infecções Sexualmente Transmissíveis (Gevist), Beatriz Maciel.
A rede do DF conta ainda com o Plano Integrado para Prevenção, Vigilância e Controle da Sífilis, que permite o monitoramento dos indicadores por Região de Saúde. Dessa forma, são analisados os panoramas de infecção e das ações de enfrentamento em cada localidade.
O que é sífilis?
Causada pela bactéria Treponema pallidum, a sífilis é uma infecção transmitida por meio das relações sexuais ou por contato com lesões. A contaminação pode ser adquirida ou congênita vertical – quando a mãe passa ao bebê. Por essa razão, já na primeira consulta do pré-natal, a gestante precisa fazer a testagem, assim como nas consultas trimestrais e no parto.
Como a sífilis pode ser assintomática, a testagem e o uso de preservativos – internos ou externos – seguem como as principais formas de prevenção. Todos esses métodos são disponibilizados gratuitamente nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs).
É possível, contudo, que a infecção apresente feridas no local de entrada da bactéria como pênis, vulva, vagina, boca, ânus, colo uterino ou outros locais da pele. Nesses casos, a pessoa deve buscar atendimento médico o mais breve possível.
Data no calendário
Dados sobre sintomas, formas de transmissão, diagnóstico e tratamento ficam ainda mais evidentes no Dia Nacional de Combate à Sífilis e à Sífilis Congênita. A data reforça o olhar sobre a infecção, possibilitando uma divulgação mais ampla de informações capazes de esclarecer a sociedade. “Marcar um dia específico é importante para conscientizar. Não se pode negligenciar a sífilis ou tratar como tabu. As pessoas sexualmente ativas precisam entender que estão expostas e devem conhecer as formas de transmissão e como se cuidar”, alerta Maciel.
A divulgação para conscientizar torna-se ainda mais relevante diante do aumento do número de casos. Nos sete primeiros meses do ano, o DF registrou 3.138 novos diagnósticos de sífilis. No mesmo período de 2022, foram notificadas 2.013 ocorrências. “Não falar da infecção é não enxergar o problema. Todo mundo precisa falar sobre para se prevenir adequadamente e, assim, conseguirmos uma redução do número de casos”, complementa a gerente.
Testagem e diagnóstico
Meia-hora é o tempo médio para sair o resultado de teste rápido que detecta sífilis. O exame e o diagnóstico podem ser realizados nas UBSs, após coleta de uma gota de sangue. Em casos de reagente, será preciso um teste laboratorial para a conclusão. É possível também fazer o exame inicial no Centro de Testagem e Aconselhamento, localizado na 508 Sul.
Em casos positivos, vale ressaltar que a sífilis tem cura e o tratamento é encontrado na rede da SES-DF e no Sistema Único de Saúde (SUS). Para mais informações sobre a infecção, acesse o site da pasta.
*Com informações da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF)