Na tarde desta quarta-feira (28), dois homens morreram após um acidente de trabalho na cisterna do Residencial Santorini, na Quadra 208, em Águas Claras.
Cinco homens trabalhavam na limpeza e na troca da motobomba da cisterna, que tinha 7 metros de profundidade. Dentro, a água chegava a 1,20m de altura. Um dos operários estava do lado de fora do fosso e, ao perceber que os colegas haviam ficado inconscientes, acionou o Corpo de Bombeiros do Distrito Federal (CBMDF). Assim que os militares chegaram ao local, iniciaram a operação a fim de viabilizar a retirada das vítimas do buraco, uma a uma.
Quando chegaram ao residencial, os socorristas identificaram três vítimas em parada cardiorrespiratória, por inalação de monóxido de carbono, e iniciaram o processo de reanimação. Um dos socorridos foi intubado, medicado e levado ao Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF), pelo helicóptero da corporação. Ainda assim, outros dois operários, um de 22, outro de 53 anos, morreram no local.
Emissão de gás
Questionados sobre o que poderia ter provocado a inconsciência dos operários, os bombeiros, por meio da assessoria de comunicação do CBMDF, disseram que “ambientes como este, que acabam acumulando material orgânico, com o passar do tempo passam a emitir gases que podem intoxicar pessoas”.
Ainda de acordo com a corporação, os operários que trabalhavam dentro da cisterna utilizavam um motor movido à combustão e não faziam uso de equipamentos de segurança (EPIs). “Ela (motobomba) ajudou no desprendimento dos compostos orgânicos e nessa emissão de monóxido de carbono. A queima de combustíveis fósseis produz monóxido de carbono e é um gás asfixiante, então eles ficaram inconscientes”, explicou o tenente Abreu.
Pessoas que acompanhavam o trabalho do Corpo de Bombeiros, viram o momento em que uma das vítimas é transportada em uma maca até a ambulância da corporação e aplaudiram os militares, após conseguirem reverter o quadro de um dos operários.