Por: Guilherme Cabral
O conhecido túnel de Taguatinga faz parte de mais um empreendimento, rumo aos novos tempos.
É ululante que os “criadores” de Brasília nunca pensaram que o crescimento da cidade e suas “satélites” seria geométrico.
Sabe-se que a melhor estratégia, para qualquer cidade, é aumentar o transporte público, seja via metrô, ônibus e outros meios, de tal forma que houvesse melhor fluidez no trânsito, particularmente aos cidadãos trabalhadores, que, via de regra, não possuem veículo próprio.
Mas, não obstante isso, obras que facilitem o tráfico de veículos, sem dúvidas, refletem, positivamente, no transporte coletivo.
A nova obra anunciada pelo governo do Distrito Federal é, sem dúvida, uma ousadia salutar.
No dia 10 de janeiro de 1863, começaram a circular regularmente os metrôs em Londres. Dessa forma, percebe-se que o Brasil, de forma geral, ainda está muito incipiente na solução dos problemas de transportes nas diversas capitais e, em particular, no Distrito Federal.
Alguns podem achar um desperdício de verbas, com a nova obra. Porém, há que se compreender que a falta de estrutura no transporte de pessoas e de bens aumenta custos dos bens de consumo, assim como aumenta o tempo de deslocamento dos trabalhadores, gerando mais despesas e desgastes desnecessários.
Todos os problemas, sejam quais forem, têm que ser resolvidos de um ponto inicial. Se teremos um feliz CQD – Concluído o que Queríamos Demonstrar, como se diz na matemática, só o tempo dirá. Mas, uma coisa é certa, se não começarmos por algum ponto, não teremos nem meio, nem fim.
O Brasil tem fama de desviador de verbas públicas. Isso faz com que os cidadãos se tornem céticos, com relação a essas obras. É compreensível. Como diz o ditado: “gato escaldado tem medo de água fria”. Mas, também, deve ser ponderada a obrigação de se fiscalizar toda e qualquer obra pública, porque nela está o dinheiro do público, que é o nosso dinheiro, via tributos.
Avante! Vamos acreditar e apoiar toda e qualquer forma de melhorias para nossa cidade e para nossos cidadãos. Fiscalizemos, pois; e usufruamos do que é nosso, do povo (ré pública = república = coisa pública).