Religioso argentino e primeiro papa latino-americano, Francisco marcou seu pontificado com gestos de humildade, defesa dos pobres e apelos pela paz.
Faleceu nesta segunda-feira (21), aos 88 anos, o papa Francisco. A informação foi confirmada pelo Vaticano por meio de um comunicado oficial. A causa da morte não foi divulgada. Jorge Mario Bergoglio, o primeiro papa latino-americano da história da Igreja Católica, partiu após dedicar mais de uma década ao pontificado marcado por simplicidade, proximidade com os pobres e incansável apelo por paz.
“Queridos irmãos e irmãs, com profunda tristeza devo anunciar a morte de nosso Santo Padre Francisco. Às 7h35 desta manhã, o Bispo de Roma, Francisco, retornou à casa do Pai. Toda a sua vida foi dedicada ao serviço do Senhor e de Sua Igreja”, disse a nota emitida pelo Vaticano.
O pontífice vinha enfrentando complicações respiratórias desde fevereiro, que o mantiveram hospitalizado por mais de um mês. Ainda assim, em um sinal de força e fé, fez questão de aparecer no Domingo de Páscoa, ontem, na varanda da Basílica de São Pedro, para abençoar os fiéis reunidos na praça.
Papa Francisco assumiu o papado em 2013, após a renúncia de Bento XVI, e desde então se tornou uma das vozes mais respeitadas do mundo em temas que vão muito além das fronteiras da fé. Seus gestos, como lavar os pés de imigrantes e visitar prisões e campos de refugiados, ecoaram como exemplos vivos do Evangelho.
Homem do diálogo e da escuta, Francisco rompeu protocolos, enfrentou críticas e resistências internas, sempre em nome de uma Igreja mais aberta, acolhedora e próxima da dor humana. Seus apelos pela justiça social, pelo cuidado com o meio ambiente e pela fraternidade entre os povos marcaram seu pontificado de forma profunda e inesquecível.
O mundo hoje se despede de um pastor, mas guarda o testemunho de um homem de fé que fez do amor ao próximo o centro da sua missão. Ficam suas palavras, seus silêncios eloquentes e, acima de tudo, o exemplo de uma vida entregue ao serviço, à paz e à misericórdia.
“Combati o bom combati, terminei a corrida, guardei a fé” (2Timótios 4, 7). Que o olhar acolhedor e a humildade do Papa continuem a inspirar o mundo.