Mesmo com baixos índices de criminalidade, moradores apontam sensação de insegurança em áreas com prédios abandonados e cobram ações urbanas e sociais.
Apesar dos baixos índices de criminalidade registrados nos últimos meses, moradores de Águas Claras seguem apreensivos com a segurança em áreas próximas a edifícios abandonados. Segundo levantamento do 17º Batalhão da Polícia Militar, apenas uma tentativa de roubo e três furtos foram registrados nessas localidades nos últimos seis meses. Ainda assim, a sensação de insegurança persiste, alimentada pela falta de iluminação, abandono urbano e pela presença constante de pessoas em situação de vulnerabilidade social.
O 17º BPM afirma que a situação está sob controle e que o patrulhamento na cidade tem sido intensificado. Rondas ostensivas, operações pontuais e abordagens preventivas estão sendo realizadas com frequência, principalmente nas chamadas “manchas criminais”, áreas mapeadas com maior incidência de ocorrências.
Além das ações policiais, a PM tem atuado em parceria com outros órgãos do GDF por meio das reuniões do Conselho Comunitário de Segurança (CONSEG). Nessas reuniões são debatidas estratégias integradas para enfrentar não apenas os crimes, mas também os fatores que os influenciam — como a falta de apoio a pessoas em situação de rua e o abandono de espaços públicos.
Segundo o comandante do batalhão, áreas sensíveis, como os prédios desocupados, são monitoradas com atenção especial. “Estamos atentos à dinâmica da criminalidade e ajustamos constantemente nosso planejamento. A comunidade tem um papel fundamental, e as denúncias ajudam a direcionar nossas ações”, destacou.
Moradores, no entanto, cobram medidas mais amplas e definitivas, como a revitalização de imóveis abandonados, melhoria na iluminação pública e ampliação dos serviços sociais. A população reconhece os esforços da polícia, mas entende que a segurança pública passa também por investimentos em urbanismo e políticas sociais.
Enquanto isso, o 17º BPM segue atuando de forma dinâmica, atualizando estratégias de policiamento de acordo com os dados estatísticos e a demanda da população.