Servidores são suspeitos de beneficiar empresas e retirar autuações indevidamente.
A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) está investigando um esquema de corrupção dentro da Superintendência de Operações (Suoper) do Departamento de Estradas de Rodagem do DF (DER-DF). As apurações apontam para a existência de um grupo criminoso dentro do órgão, que favorecia empresas ligadas ao Sindicato das Empresas de Publicidade Exterior do Distrito Federal (SEPEX/DF), além de autorizar instalações irregulares em rodovias.
Segundo a investigação, os suspeitos concediam tratamento privilegiado para autorização de publicidade em rodovias e permitiam a instalação indevida de quiosques e painéis luminosos. Há indícios de que também retiravam autuações e notificações do sistema SIDER de forma irregular. Além disso, utilizavam seu poder hierárquico para retaliar funcionários que se recusavam a participar do esquema.
Na manhã desta quarta-feira (26/2), mandados de busca e apreensão foram cumpridos nas residências dos servidores investigados, na sede da Suoper e na sede do DER-DF. As ações ocorreram em Sobradinho, Planaltina, Águas Claras, Samambaia e Taguatinga.
Os cinco servidores investigados ocupavam cargos de direção e eram responsáveis pelo licenciamento e fiscalização de ocupações nas faixas de domínio das rodovias do DF. Eles estão sendo investigados por corrupção passiva, associação criminosa, prevaricação e inserção de dados falsos em sistema de informação. Caso sejam condenados, as penas podem chegar a 30 anos de prisão.
A operação foi batizada de “Faixa de Domínio” e está sendo conduzida pela Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público e Social (Prodep) e pela Promotoria de Justiça de Defesa da Ordem Urbanística (Prourb), com apoio da Delegacia de Repressão à Corrupção (DRCOR).
Em nota, o presidente do DER-DF afirmou que os servidores investigados foram afastados de seus cargos e reforçou o compromisso do órgão com a ética e transparência. “Este Departamento renova seu compromisso de colaborar integralmente com as investigações”, declarou.