Projeto Vem Enem auxiliou estudantes que vão prestar o exame neste domingo (3) e no próximo dia 1
Começa neste fim de semana a 26ª edição do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Aplicada em dois domingos consecutivos – dias 3 e 10 deste mês -, a prova de 180 questões e uma redação é considerada a principal porta de entrada para o ensino superior no Brasil. Cerca de dois mil alunos do Distrito Federal tiveram uma preparação especial para este grande dia. Eles participaram dos aulões preparatórios gratuitos do programa Vem Enem, uma parceria da Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus-DF) com o Instituto Evolui.
O programa passou por quatro regiões administrativas: São Sebastião, Ceilândia, Planaltina e Gama. Em cada uma delas, foram realizadas, durante um fim de semana inteiro, aulas presenciais com a participação de, aproximadamente, 500 alunos. As vagas foram disponibilizadas para todos os estudantes interessados em ingressar em uma faculdade.
Para garantir um público mais diverso e democrático, a Sejus realizou, ainda, uma ampla divulgação nas entidades atendidas por políticas públicas da pasta, e garantiu grande adesão de pessoas da comunidade LGBTQIAP+, de vulnerabilidade social por conta de uso de substâncias psicoativas, vítimas de violência de qualquer que seja o gênero e, de diversas etnias e classes econômicas.
O estudante José Alberto Rangel, 27 anos, acolhido do Centro de Reintegração Deus Proverá (CRDP), em Planaltina, destacou que a oportunidade de participar do aulão foi fundamental para a sua preparação. Segundo José Alberto, que sonha em cursar veterinária, as aulas, além de complementar o estudo individual, o ajudaram na maior dificuldade para o exame: a redação.
“Todas as aulas foram importantes, mas quero destacar a diferença que fez para mim a de redação. É o que mais tenho dificuldade e que me deixa receoso. Mas a abordagem desse tema, com orientação de técnicas para a construção de texto, de forma bem clara e simples, me deixou confiante para fazer uma redação sem exceder no que não precisa e, ao mesmo tempo, ser bem arrojado. Foi uma aula que pareceu rápida, mas muito boa”, disse.
Os conteúdos ofertados incluíram revisões das principais disciplinas e dicas estratégicas para auxiliar os estudantes na preparação para o Enem. Os participantes tiveram aulas de português, biologia, redação, matemática, química, física, história, geografia, filosofia, tecnologia da informação, sociologia e atualidades. Ao fim de cada bloco de aula foram realizados simulados com 40 questões, no modo do Enem.
Para Gabriel da Silva Sousa, também acolhido do CRDP, esse modelo complementou o estudo diário e, principalmente, o aproximou da realidade que ele viverá no dia da prova. “Eu estava com muitas dificuldades, e o aulão foi importante para tirar essas dúvidas e aprender ainda mais. Com certeza, me sinto agora mais preparado e bem mais confiante”, explicou o estudante, de 24 anos, que tenta ingressar no curso de enfermagem.
A iniciativa conta com fomento de R$ 1 milhão da Sejus e tem como meta garantir acesso a uma preparação de qualidade para todos os estudantes do DF. Para a secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani, a implementação de políticas públicas como essa, voltada para a juventude, especialmente as que oferecem suporte educacional, é essencial para criar um futuro promissor para os jovens.
“Ao preparar estudantes em situação de vulnerabilidade para o Enem, damos a eles as ferramentas necessárias para transformar suas realidades e alcançar novas oportunidades. Esta é uma iniciativa que não apenas promove inclusão, mas também fortalece a sociedade como um todo, ao investir no desenvolvimento do potencial humano”, declarou.
Parceria
O presidente do Instituto Evolui, Ocimar Diogenes Feitosa, frisou que durante as aulas ainda foram apresentados vídeos e a distribuição de folhetos informativos divulgando os projetos executados pela Sejus – em especial, o trabalho da Subsecretaria de Enfrentamento das Drogas (Subed), focado na conscientização sobre os riscos, problemas e as consequências do uso e abuso de substâncias psicoativas, atribuindo ao projeto um foco também de prevenção. “A importância desse projeto é ingressar esses jovens na universidade”, ressaltou o gestor.
*Com informações da Sejus-DF