O militar da Marinha do Brasil, Carlos Roberto, homenageou Águas Claras ao fixar uma placa com o nome da cidade em território polar austral.
Águas Claras rompeu a fronteira do quadradinho e tem ganhado o mundo. Agora, quem der um pulinho na Antártida vai saber que Águas Claras existe, mais precisamente, vai saber que o Green Towers existe em Águas Claras.
Seguindo uma tradição dos militares enviados em missão à região polar austral, Carlos Roberto Costa da Silva, 45 anos, militar da Marinha do Brasil, homenageou Águas Claras ao fixar uma placa com seu “endereço” em um pico da Antártida.
O local possui placas com homenagens às mais longínquas localidades do mundo.
O militar Carlos Roberto foi um dos selecionados para passar uma temporada de seis meses na Antártida para compor as tripulações dos Navio Antárticos (Navio Polar Almirante Maximiano e o Navio de Apoio Oceanográfico Ary Rongel), que dão apoio logístico a pesquisas científicas que envolvem a região austral.
Carlos conta que motivou-se pelo privilégio de poder estar em um lugar que poucas pessoas poderão conhecer: “Acho positiva essa atitude, porque: quem não gosta de ser lembrado, ou de ver seu local onde reside sendo bem representado, né? E nesse caso estamos falando de um continente inóspito e de difícil permanência, onde pouquíssimas pessoas no planeta terão a oportunidade de conhecer. Sinto-me privilegiado.”.
Quem é o Carlos?
Carlos Roberto é casado, pai de dois filhos, carioca que veio morar em Brasília em 2015 e junto com a esposa Mônica, escolheram Águas Claras como cidade ideal para criar os filhos.
Roberto encantou-se tanto com Águas Claras, que deseja permanecer: “Morei em alguns condomínios em Águas Claras, mas, atualmente, moro no Green Towers, na Qd 205, sul. É nesse bairro que eu pretendo fixar minha residência após me aposentar, pois acho ele bem parecido com alguns bairros do Rio de Janeiro, o que, de fato, contribuiu para uma adaptação mais amena.”.
O militar orgulha-se de fazer parte da Marinha do Brasil e de poder participar dessa missão, apesar da saudade. “A saudade é enorme, até porque seis meses não são seis dias né? Rsrs. Mas a família entende e compreende a nobreza dessa missão. E graças ao avanço tecnológico, a tripulação consegue manter contato com seus familiares constantemente, o que não era possível anos atrás.”, diz ele.
Entendendo a missão
A Marinha do Brasil realiza processos seletivos anuais para enviar militares à região polar austral com o objetivo de dar apoio logístico às pesquisas científicas que envolvem a região.
“Esse apoio, que vai além do logístico, consiste na utilização dos navios antárticos como plataforma para coleta de dados e apoio às pesquisas científicas de campo na região polar austral, assim como o transporte de pessoal e material para a Estação Antártica Comandante Ferraz (EACF). Essas atividades científicas desenvolvem-se nas áreas de oceanografia, hidrografia, biologia, geologia, meteorologia e antropologia e, envolvem profissionais de instituições de ensino e pesquisa de todo o País.”, explica Carlos Roberto.
Ainda segundo Roberto, os estudos que envolvem a região austral vão além das questões climáticas, engloba o estudo do oceano antártico propriamente dito, do comportamento dos animais, da vegetação e o estudo do solo.
Cada grupo de militares enviado à Antártida tende a ficar, ao menos, seis meses na missão. Nosso vizinho Carlos Roberto está lá desde outubro e deverá continuar matando a saudade da família apenas pelas videochamadas até abril de 2024.
Vejam mais um dos lindos registros enviados pelo Roberto.