Cerca de 80 moradores aguardam por anos a entrega do apartamento dos sonhos em um conjunto de três prédios localizados na Rua 36 de Águas Claras. No entanto, eles não conseguem habitar seus imóveis devido à falta de energia elétrica. O problema está relacionado ao contrato entre a construtora e a empresa Neoenergia.
Uma das pessoas prejudicadas pela situação é a empresária Dayane Costa, de 40 anos. Representando os outros proprietários lesados, ela conta que, além dos atrasos na entrega dos apartamentos, a própria construção dos prédios sofreu atrasos. Os imóveis deveriam ter sido entregues no final de 2022, mas só foram concluídos em junho deste ano.
Dayane relata que no mês anterior, todas as pendências pareciam resolvidas, inclusive com a realização de assembleias dos moradores. No entanto, o residencial ainda não pode ser ocupado devido à falta de energia elétrica.
A construtora prometeu realizar a obra, que deveria ter sido concluída até o dia 9 de julho, contratando a Neoenergia para executar um projeto subterrâneo. Porém, o prazo de 120 dias, descrito no contrato, para execução da obra já expirou.
A angústia dos moradores não se limita ao atraso da entrega, pois entre os moradores lesados, há alguns que estão morando em um hotel próximo ao prédio, pois já venderam suas antigas casas na esperança de se mudarem para os novos apartamentos.
Dayane Costa afirma que as obras em si são rápidas e poderiam ser concluídas em quatro dias.
O contrato
O contrato inicial foi assinado com um setor da distribuidora da Companhia Energética de Brasília (CEB) e, atualmente, são coordenadas pela Neoenergia, uma vez que a titularidade dos proprietários mudou.
A Neoenergia alega que houve uma divergência de informação com relação aos prazos para a ligação definitiva do imóvel no contrato assinado pelo cliente e no orçamento encaminhado.
Segundo a empresa, o prazo máximo para esse serviço é de até 180 dias, não 120 dias, como consta no contrato. Assim, o prazo de execução seria até setembro. Mas devido a situação delicada, eles solicitaram prioridade para que a obra seja finalizada até 31 de agosto.
Até o momento não há manifestação da construtora.