O governador Ibaneis Rocha recebeu no fim da tarde, desta quinta-feira (02), um ofício da Secretaria de Saúde do DF (SES-DF) recomendando a volta da obrigatoriedade do uso de máscaras em ambientes fechados no Distrito Federal. Uma carta com as recomendações, inclusive, foi divulgada nas redes sociais.
Após a publicação da carta nas redes sociais, o governador se pronunciou, por meio de seu Twitter, dizendo que o Governo do Distrito Federal não pretende voltar com a obrigatoriedade de máscaras por enquanto.
No texto, Ibaneis disse que “para decidir se teremos a obrigatoriedade do uso das máscaras é necessário avaliar o conjunto de informações: infecção, internação e óbitos. Por enquanto a medida não é necessária”.
O ofício recomendando a volta do uso de máscaras foi encaminhado para a Casa Civil, e passará por análise. Além disso, o documento defende ampliação da oferta de testagem da covid-19, rapidez na análise do sequenciamento que identifica novas variantes, retorno do uso de máscaras em ambientes fechados, abertura de leitos, ampliação da vacinação e reabertura de Coorte-Covid nas emergências do DF.
Os pedidos veio no momento em que a capital do país passa por aumento de casos e alta na taxa de transmissão do vírus. Por isso, a Secretaria de Saúde sugere que o Distrito Federal seja avaliado como um local de alto risco.
Pandemia
Segundo o Boletim Epidemiológico divulgado pela SES-DF, nas últimas 24 horas, 2.970 pessoas foram confirmadas com o vírus da covid-19.
Assim, a capital federal chegou a 715.938 infectados desde o início da pandemia. Em paralelo ao número de diagnosticados, a taxa de transmissão se mantem acima de 1. De acordo com o documento da pasta responsável, a taxa — apesar da ligeira queda — permanece alta. Nesta quinta-feira ela atingiu 1,46, enquanto na quarta-feira (1°/6), ela estava em 1,47.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o número é preocupante, pois quando o índice está acima de 1, isso confirma que a pandemia está em expansão (descontrolada). Neste momento, o valor demonstra que um grupo de 100 pessoas podem infectar outras 146.