Prédios abandonados em Águas Claras estão sendo usados como área de lazer por adolescentes.
A Associação de Moradores de Águas Claras (AMAAC) recebeu imagens de moradores de prédios vizinhos da edificação abandonada da Quadra 301, onde foi possível ver jovens reunidos no topo do prédio, como se estivessem em uma praça.
Contudo, esse não é o único registro recebido pela Associação de Moradores, esse tipo de registro é frequente.
Mas a preocupação da AMAAC vai muito além da entrada dos jovens na área. É uma preocupação com a segurança, pois essas construções abandonadas costumam ser usadas para uso e tráfico de drogas, assim como esconderijo de meliantes, sem contar riscos à saúde, pois há muitos ferros expostos e enferrujados e até mesmo o risco de queda.
Águas Claras possui alguns prédios abandonados, o esqueleto da Quadra 301 não é um caso isolado. E o prédio das imagens está abandonado há mais de uma década.
O que a população não entende é: porque o acesso à esses esqueletos ainda é tão fácil? Uma vez que, desde julho de 2021 foi aprovada a Lei 6.911, que estabelece a política de combate a edifícios abandonados que causem degradação urbana e exige a tomada de outras providências.
A lei abrange desde poluição urbana e especulação imobiliária, até questões de saúde pública, uma vez que esses espaços acumulam lixo, são depósitos de água parada e ainda deixam os usuários vulneráveis a riscos de vida, como quedas graves.
Porém, a Lei, que é de autoria da Deputada Júlia Lucy, apesar de aprovada, ainda não foi regulamentada pelo Governo do Distrito Federal.
Segundo a Administração de Águas Claras, enquanto a lei não for regulamentada, não há providências legais a serem tomadas. Mas, também, não há informações de ações da Administração para solicitar ao governo a criação de tais regras.
Por sua vez, segundo a Secretaria de Segurança Pública do DF, a Polícia Militar faz abordagens constantes no local para inibir consumo e tráfico de drogas.