Um fotógrafo (nome não revelado), que atuaria em um estúdio fotográfico em Águas Claras, tem sido denunciado assédio. Conforme registros existem ocorrências desde 2018 e por se tratar de jovens menores de 18 anos tudo permanece em sigilo.
Uma garota de 17 anos lavrou ocorrência na 15ºD.P em Ceilândia em dezembro de 2020. A jovem declara ser vítima de assédio ocorrido em 2018. Um professor da escola onde estudava a indicou para trabalhos fotográficos em uma agência em Águas Claras. Não tendo nenhuma remuneração recebendo apenas um auxílio transporte.
O fotógrafo, usando perfil falso, se passou por uma modelo nas redes sociais e passou dicas para adolescente para que se expusesse mais, mantivesse o bumbum durinho, mostrasse os seios durante as sessões e usasse roupas que realçasse seu corpo.
Posteriormente a agência fez contato com a jovem para marcar sessões de fotos de biquíni, e que este tampasse apenas o essencial, em uma lancha no Lago Paranoá.
Desta forma sentindo-se constrangida fez um levantamento sobre a agência e descobriram várias outras vítimas. Após a denúncia a investigação corre pela DPCA (Delegacia de Proteção á Criança e ao Adolescente).
O caso Jeniffer
Jeniffer Melina Mendes Meneses, enfermeira 24 anos. Registrou o caso na DEAM (Delegacia Especial de Atendimento à Mulher), no dia 08 deste mês.
No dia seguinte usou seu perfil nas redes sociais, detalhando a história e incentivando a todos a denunciarem casos semelhantes.
Conforme seu relato, o fotografo a procurou no início de março pela rede social. Questionada se gostaria de fazer parte do Cast da agência, programou um encontro pessoal no estúdio e solicitou que não houvesse mais ninguém na reunião.
“Estando lá, disse-me que o intuito era para me ajudar e me fazer crescer. Bom de lábia me passou credibilidade, vários seguidores e clientes. Mostrou que a empresa estava no mercado desde 2008. Após a avaliação, me pediu que ficasse completamente nua – sendo este um procedimento padrão. Como não tenho problemas com nudez não me importei e fiz as fotos!”.
Na sequência o agenciador fez um contrato e garantiu diversos trabalhos, incluindo tratamentos de beleza, academias e outras benesses. Do acordo só foi cumprido o primeiro mês despertando a desconfiança de Jeniffer.
A jovem ainda declara que o fotografo começou a exigir fotos nuas cada vez mais ousadas onde Jeniffer deveria se tocar. Jeniffer questionou sobre as fotos e o empresário respondeu que seriam vendidas para vários interessados, inclusive do meio político. O retorno financeiro seria de alto valor para ambas as partes. A modelo não aceitou o trabalho.
Devido à resistência por parte de Jeniffer o fotógrafo rescindiu via e-mail o contrato firmado anteriormente.
Desconfiada da existência de mais jovens sendo assediadas e expostas a modelo contatou outras garotas da agência e descobriu ser uma prática constante.
Diversas provas foram encaminhadas ao DEAM, mais de 450 prints de conversas. Sendo constatados após a denúncia vários outros casos que se ligavam ao empresário e fotografo arrolada a investigação.
A internet virou um grande canal para atuação de pessoas inescrupulosas, com grande poder de persuasão e que conseguem atingir um grande número de incautos.
Tornando a exposição destas pessoas de forma muito fácil. E crimes de assédio e de extorsão tornam-se cada vez mais frequentes.
Cabe aos internautas ficarem cada vez mais atentos e colocarem limites para evitar transtornos cada vez maiores.
Fique Atento
– Nas redes sociais a exposição é muito alta e rápida.
– Cuidado com seguidores desconhecidos e “convites” para encontros.
– Solicitações e convites para ser modelo ou agenciado de empresas, leve sempre uma pessoa de confiança junto, ainda mais se for menor de idade. E os contratos devem ser claros e objetivos.
Contatos
DEAM (Delegacia Especial de Atendimento à Mulher) – 61. 3207.7391
Disque Denúncia – 197