O Instituto Brasília Ambiental está visitando todos os parques que fazem parte do Programa Parque Educador para verificar a existência e as condições de suas trilhas ecológicas. O objetivo é torná-las aptas a receber visitas de estudantes e professores, para ser palco de aulas práticas. A equipe aproveita o momento atual em que a execução do programa está ocorrendo de forma virtual, devido à pandemia, e que, ao mesmo tempo, os parques estão abertos.
“Estamos mapeando as trilhas existentes, prevendo placas educativas, informativas e direcionais para sinalização delas, de forma a torná-las ferramentas de utilização pelos professores para o atendimento aos alunos. Essa é uma reivindicação dos próprios professores. Trabalhamos agora para quando as aulas voltarem a ser presenciais, já termos condições de atender a essa solicitação”, explica a analista ambiental, Mariana Ferreira dos Anjos.
O Programa Parque Educador está presente nos parques ecológicos Saburo Onoyama (Taguatinga), Águas Claras, Três Meninas (Samambaia), Riacho Fundo, Sucupira (Planaltina) e Monumento Natural Dom Bosco
A sinalização das trilhas será um misto de marcação rústica, que indica o sentido de direção da trilha de forma personalizada, e placa com conteúdo de educação ambiental que os professores estão produzindo com os alunos neste semestre virtual. As placas envolvem a experiência da Unidade de Educação Ambiental (Educ) na Área de Relevante Interesse Ecológico (Arie) Granja do Ipê, e no parque ecológico das Copaíbas (Lago Sul).
O Programa Parque Educador está presente nos parques ecológicos Saburo Onoyama (Taguatinga), Águas Claras, Três Meninas (Samambaia), Riacho Fundo, Sucupira (Planaltina) e Monumento Natural Dom Bosco. Todos esses já têm ciclovia, e a grande maioria já conta com trilhas ecológicas, porém algumas delas não são ainda mapeadas e/ou sinalizadas.
Além do mapeamento e do levantamento das necessidades de sinalização, a equipe está identificando os trechos das trilhas ecológicas, verificando se os percursos cabem, em termos de tamanho e tempo para serem feitos, dentro dos momentos de visitas dos alunos das escolas públicas previstas pelo programa. “Os percursos têm que se encaixar em no máximo 3 km, com condições de serem feitos entre uma hora e meia e duas horas”, ressalta Mariana.
Acessibilidade
Durante a visita ao Monumento Natural Dom Bosco foi testada uma cadeira, chamada Julietti, que viabilizaria a visita de cadeirantes, como por exemplo, o professor Pablo Maya Pereira Ciari, que integra a equipe. Ele já faz uso da coopervia, mas gostaria de utilizar a trilha ecológica. A cadeira testada é da Floresta Nacional de Brasília (Flona), que a recebeu, recentemente, do Ministério do Meio Ambiente, e emprestou para o Brasília Ambiental testar.
A trilha do Dom Bosco é considerada uma trilha de leve a moderada, porque possui um solo rochoso com desnível de quase 30 metros. “Estreamos a Julietti e chegamos à conclusão que é necessária muita força física para conduzi-la, e como possui apenas uma roda apresenta grande instabilidade, além de que o cadeirante fica muito passivo. Para o caso específico do professor dar aula utilizando a cadeira fica praticamente inviável, pois precisa de autonomia, e a cadeira exige pelo menos duas pessoas fortes para conduzi-la. Valeu a experiência. O instrumento é válido, mas precisa ser melhorado para as trilhas dos nossos parques”, avaliou Mariana.
Além da equipe da Educ, participam das visitas às trilhas os agentes das Unidades de Conservação e os professores da Secretaria de Educação que atuam no Programa. São dois professores por parque. A ideia é que as sinalizações a serem feitas nas trilhas possam contribuir, como instrumentos de educação ambiental, tanto para os estudantes como para a comunidade em geral que vista esses parques.
* Fonte Agência Brasília – Com informações do Instituto Brasília Ambiental