Unidade do SENAI em Taguatinga já recebeu 50 equipamentos para manutenção; expectativa é que outros 100 sejam consertados até outubro
Por meio de um acordo de cooperação técnica firmado entre GDF e SENAI, a unidade da instituição em Taguatinga vai trabalhar na manutenção de até 150 respiradores da rede pública de saúde. Os equipamentos serão recuperados e devolvidos prontos para uso, em um esforço para aumentar a capacidade de atendimento a pacientes com sintomas graves da covid-19. O serviço será feito gratuitamente pelo SENAI durante 180 dias.
Um terço desses aparelhos já foi entregue a técnicos do curso de mecânica automotiva. Esses especialistas do SENAI são os responsáveis pela identificação de falhas, manutenção, testes de funcionamento e embalagem para entrega. Segundo o secretário de Saúde, Francisco Araújo, essa parceria vai ajudar a salvar vidas e reforçar a estrutura em hospitais e centros médicos.
“O mundo inteiro hoje tem dificuldade em conseguir mais respiradores. Quando colocamos o SENAI recuperando esses equipamentos para a nossa engenharia clínica, damos uma resposta mais rápida à sociedade. Cada respirador consertado é um leito com suporte respiratório para a população”, aponta.
O Instituto de Gestão Estratégica em Saúde do Distrito Federal (Iges-DF) também deve participar do esforço para restaurar respiradores, fornecendo especialistas com experiência para ajudar os técnicos do SENAI. O órgão também vai disponibilizar equipamentos de proteção individual (EPIs) e fazer a calibração final dos respiradores.
O presidente da Federação das Indústrias do Distrito Federal (FIBRA), Jamal Jorge Bittar, garante que o trabalho será feito no menor tempo possível, visto que a situação é de extrema urgência.
“São equipamentos [respiradores] que estavam fazendo muita falta. É um equipamento extremamente importante que cuida de vidas. Estamos correndo atrás de peças de reposição e consertos”, indica.
Máscaras
O SENAI também fabrica protetores faciais do tipo “face shield”, que tem uma viseira semelhante à de um capacete e cobre uma área maior do rosto. Duzentas unidades já foram feitas em impressoras 3D e entregues à rede pública de saúde. Outras 1,8 mil unidades também foram montadas na unidade da instituição em Taguatinga, a partir de peças produzidas por integrantes do movimento “Brasília Maior que a Covid-19”, criado pelo médico residente Pedro Henrique Morais, do Hospital Universitário de Brasília (HUB).
Fonte: Agência do Rádio